Optimização do mercado obrigacionista e nova lei dos fundos impulsionam setor financeiro em 2025
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Em consonância com as Linhas de Ação Governativa para 2025, a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) está a acelerar a modernização do ecossistema financeiro, apostando na expansão do mercado obrigacionista e na atualização do regime dos fundos de investimento. O organismo sublinha que estas iniciativas têm como objetivo apoiar a transformação do setor e estimular o desenvolvimento de novos segmentos financeiros.
No mercado obrigacionista, a interligação entre a Central de Depósito de Valores Mobiliários de Macau e a Central Moneymarkets Unit de Hong Kong, operacional desde janeiro, permitiu aumentar a participação de investidores internacionais. A emissão recente de obrigações soberanas e de títulos de governos locais de Guangdong e Shenzhen, incluindo obrigações verdes e azuis, contribuiu para diversificar produtos e elevar a atratividade do mercado. Até outubro, Macau contabilizou mais de mil emissões obrigacionistas, num valor acumulado superior a mil mil milhões de patacas.
A nova Lei dos Fundos de Investimento, promulgada em julho e com entrada em vigor prevista para 2025, pretende alinhar o enquadramento local com padrões internacionais, reforçando a proteção dos investidores e a diversidade dos produtos financeiros. Três sociedades gestoras já se encontram registadas em Macau, incluindo o primeiro fundo de oferta pública e dois fundos de oferta privada.
No plano das finanças digitais, a AMCM concluiu a atualização dos sistemas de liquidação em tempo real em patacas, dólares de Hong Kong e renminbi, integrando normas internacionais e alargando horários operacionais. Está igualmente a ser promovida a interligação com sistemas de pagamentos rápidos do Interior da China, enquanto o projeto-piloto da Pataca Digital avança para testes em pequena escala em ambiente controlado.
A AMCM reforçou ainda a cooperação internacional no âmbito da plataforma financeira sino-lusófona, com ações de formação e acordos assinados com entidades supervisoras de Portugal e Cabo Verde, bem como encontros multilaterais com bancos centrais lusófonos.
Com vista ao 15.º Plano Quinquenal, o setor financeiro de Macau continuará a apostar na inovação, na cooperação regional e no apoio às estratégias de desenvolvimento nacional, procurando consolidar o seu papel na diversificação económica da RAEM.
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